Fogueiras Juninas
Quer conhecer Sergipe, pelos festejos juninos
Venha ver nossas fogueiras nas noites de São João
Conta a tradição popular que Isabel
Prima de Maria e grávida de Jesus
Mandou a seguinte ordem para ela:
ACENDA A FOGUEIRA, JOÃO NASCEU.
No período pré cristão acendiam fogueiras
Como demonstração da vitória da luz e do calor
Sobre o frio e a escuridão do inverno.
Com elas acesas, as pessoas iam para as ruas
Conversarem e namorarem.
Com a chegada da igreja católica e seus valores morais
Implantados, com base na virgindade de Maria
Como exemplo a ser seguido
A igreja, considerou as fogueiras populares
Como representantes da perdição
Do liberalismo sexual da época
Assim seus monges, cardeais e bispos perseguiram
E tentaram proibir sua existência.
Diante da resistência popular
O Concílio de Trento(1545-1563),t
Transformou-a em fogo eclesiástico, sinônimo de purificação
E símbolo da Inquisição.
Mesmo assim , entre os séculos XVII e XIX
Ela foi por várias vezes proibidas.
Mas, o fogo atravessou o tempo e os espaços
E a fogueira passa a ser difundida no Brasil
Principalmente com os Jesuitas,
Como uma forma de atrair adeptos
Já que nossos índios sempre tiveram atração pelo fogo.
Facilitou-se ainda mais
Com a chegada da família real portuguesa para o Brasil
Já que Portugal, tinha reputação com seus fogos de artifício.
De lá para cá cada vez mais
As fogueiras foram fazendo parte das nossas tradições
Especialmente nos festejos juninos
De Santo Antônio, São João e São Pedro
Principalmente no nosso nordeste.
Aqui existem várias formas de se arrumar as fogueiras
Assim como o batizado e o pacto de compadres e comadres
Sobre a fogueira, em fogo baixo e no final da sua queima
E repetindo por três vezes, com aperto de mãos,
Os seguintes versos: O 1º para compadres e ou comadres e
o 2º para padrinhos e afilhados.
" São João disse
São Pedro confirmou
Eu sou seu padrinho(ou madrinha)
Que São João mandou"
" São João dormiu
São Pedro acordou
Vamos ser compadres
Que Sao João mandou".
Fontes:revista de história. com.br
Fontes bibliográficas: Cascudo, Luis da Camara:Dicionario do
Folclore Brasileiro:EDUSP/1988
Del Priire, Mary: Festas e Utopias no Brasil
Colonial.Brasiliense/1994.
Chianca, Luciana: A Festa do Interior: EDUFRN/2006.
Imagens:
Fogueiraquadrada:atividadespedagicasprofgracilene.blogspot.co
Os dois tipos de fogueiras, mais usados: infonet.com